Minggu, 14 Juli 2013

CBF corta jogos só com brasileiros e Felipão reduz testes

Amistosos somente na data FIFA, com isso haverá entre 6 a 8 jogos até o Mundial de 2014


O discurso público entre os jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari é de que há vagas em aberto na seleção e de que quem ficou de fora da Copa das Confederações tem chance de chegar ao time. De fato, ainda podem haver modificações e novas e velhas caras entrarem até a Copa-2014. Mas, internamente, a CBF e o treinador dão sinais de que vão reduzir o número de testes e que os amistosos serão mais para consolidar a base do que para recrutar outros atletas.

A confederação trabalha com o plano de cortar de vez os amistosos só com jogadores brasileiros fora de datas Fifa – esses jogos costumam ocorrer no meio do Brasileiro. Os superclássicos com a Argentina devem ser cancelados a pedido do técnico. E a CBF indicou a parceiros que não deve fazer partida como a contra o Chile, antes da Copa das Confederações.

Essa decisão tem duas razões. Primeiro, Felipão entende que já encontrou uma base sólida para sua equipe com a campanha vitoriosa na Copa das Confederações. Então, vai fazer testes mais pontuais, não em larga escala como antes. Segundo, dois dos titulares da equipe que atuavam no Brasil, Paulinho e Neymar, se transferiram para o exterior logo após a competição. O único jogador da equipe principal que continua no país é o atacante Fred, do Fluminense.

Assim, faria pouco sentido fazer amistosos com apenas um atleta da espinha dorsal do time. Resultado: o cenário mais provável é que o Brasil dispute oito jogos antes do Mundial. Isso porque a CBF também já tomou a decisão de que vai aproveitar todas as datas Fifa oficiais: são seis oportunidades em que haverá jogos de eliminatórias e dois para amistosos. Não haverá convocação só para treinos, como já ocorreu anteriormente.

Até porque a entidade viu aumentar consideravelmente o interesse de outros países em jogar contra o Brasil desde o título da Copa das Confederações. Houve uma época que estava mais difícil marcar com seleções, especialmente as de primeiro nível, pelo enfraquecimento brasileiro. Mas isso se reverteu e agora há muitos convites na mesa da CBF.

O dilema de sempre será conciliar o interesse técnico de Felipão de jogar contra times fortes e o interesse comercial da empresa àrabe International Sports Events, que comprou os direitos sobre os amistosos e tem autonomia para tomar decisões sobre adversários e local de jogo.

Por: Rodrigo Mattos de São Paulo

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